Durante o desfile cívico em comemoração do aniversário da cidade de Santo Antônio de Jesus, alunos e professores protestaram, na manhã desta quarta-feira (29), contra o atraso das obras de reconstrução do Colégio Estadual Rômulo Almeida. O colégio foi demolido em fevereiro de 2018 no intuito de começar a reconstrução em junho do mesmo ano, mas até o presente momento as obras não foram iniciadas, enquanto isso as aulas estão sendo ministradas no IFBA, no bairro do Cajueiro.
Em entrevista ao Tribuna do Recôncavo, Madalena do Santos Ribeiro, professora do Rômulo e integrante da APLB, relatou que o colégio foi demolido sem ter nenhum projeto ou planta de reconstrução. “Até a questão da dominialidade do terreno não se tinha nas mãos, no dia da inauguração da policlínica o governador pediu ao prefeito para assinar a dominialidade porque o terreno ainda pertencia ao município. Fizemos uma reunião com a comunidade, convidamos o representante do governo, veio o senhor Elder, onde ele disse que não veio para fazer a reconstrução do Rômulo Almeida, mas para fazer um levantamento da condição do Luiz Viana, para ver se havia possibilidade de nos levar para o Luiz Viana, mas como o Rômulo é de segundo grau, não tem como alojar esses alunos no Luiz Viana. Aí vai reconstruir o Rômulo, só que ainda está em processo de licitação”, disse.
Na foto: Madalena e Camile | Crédito: Cosme Santos
A professora Madalena ainda falou que o Rômulo está perdendo alunos, pois os pais estão matriculando seus filhos em outras escolas, e com isso existe uma excedência de 9 professores. “Reduzir o número de alunos significa professor sem sala de aula, então, o prejuízo não foi só para os alunos, o prejuízo foi também para os professores. A gente não vai se calar, a gente não vai parar de reivindicar enquanto o Rômulo não estiver reconstruído. NÓS SEREMOS UMA PEDRA NO SAPATO DO GOVERNADO”, disse a professora.
Já a aluna Camile Vitoria falou sobre a finalidade da manifestação. “Estamos pedindo que alguma providência seja tomada pelo Ministério da Educação e pelo Governado do Estado”. Sobre a dificuldade de acesso ao IFBA a aluna relatou que “como o IFBA é longe de tudo, é muito ruim para os alunos do Rômulo se locomoverem até lá, está tendo transporte, mas não dar para todo mundo, já que o número de alunos do Rômulo é muito grande”, esclareceu disse.
Reportagem: Hélio Alves | Redação: Uanderson Alves/ Tribuna do Recôncavo